O artigo Energy Transition: Nuclear’s Path Is Diverging In Developed And Developing Nations aborda a divergência entre países desenvolvidos e em desenvolvimento em relação à energia nuclear. Destaca-se que a China planeja dobrar a participação da energia nuclear na sua matriz energética até 2035, para quase 10% da produção total de energia elétrica, enquanto nos EUA e na Europa a participação da energia nuclear provavelmente passará dos atuais 20% para algo em torno de15%. Os autores evidenciam que a capacidade nuclear da China deve atingir 105 gigawatts (GW) até 2035, superando tanto a dos EUA (92 GW até 2030) quanto a da Europa Ocidental (76 GW). Dados os custos elevados de construção de uma usina nuclear, o foco na Europa e nos EUA está na preservação da frota legada. Na China, no entanto, as novas construções não só se beneficiam de custos de capital muito mais baixos, mas são facilitados por tecnologia nativa, cadeias de suprimentos integradas e acesso a financiamento barato, uma vez que a indústria nuclear é administrada pelo estado.

Esse artigo faz parte de uma série da S&P Global composta de cinco partes, que analisa os desenvolvimentos da transição energética. Cada uma das partes focaliza um energético-chave, sendo analisados, além da nuclear, as térmicas a carvão, a gás natural, e as renováveis

S&P global – Roman Kramarchuk, Bruno Brunetti

Link de acesso:

https://www.spglobal.com/en/research-insights/featured/energy-transition-nuclear-s-path-is-diverging-in-developed-and-developing-nations

 

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