O World Energy Employment Report é o primeiro inventário mais abrangente da força de trabalho global atuante no setor de energia. Assim sendo, o estudo oferece dados e análises vitais para uma avaliação das oportunidades relacionadas ao trabalho ligado às transições de energia limpa e mudanças nas cadeias de fornecimento de energia. O documento traz análises por regiões e tecnologias, incluindo a produção de combustível fóssil e bioenergia; geração, transmissão, distribuição e armazenamento do setor elétrico; e usos finais, incluindo veículos e eficiência energética para edifícios e indústria. Ele também detalha segmentos da cadeia de valor onde esses empregos estão localizados, incluindo matérias-primas, fabricação, construção, serviços públicos e atacado, bem como quantos são empregados para construir novos projetos versus operar instalações de energia existentes, o que inclui aqueles que trabalham na operação e manutenção. Ele também fornece estimativas para segmentos emergentes de energia, incluindo inovação em energia limpa.
Dentre as conclusões, destaca-se que 65 milhões de, ou cerca de 2% da força de trabalho global, trabalhava no setor de energia em 2019 e que o emprego global no setor de energia já se encontra acima do seu patamar pré-pandemia. Outras conclusões importantes são que a retomada do emprego pós-pandemia foi liderada pelo aumento das contratações em energia limpa, segmento que já representa mais de 50% do emprego total, com quase 2/3 dos trabalhadores envolvidos na construção de novos projetos e na fabricação de tecnologias de energia limpa. Enquanto isso, o setor de petróleo e gás registrou algumas das maiores quedas no emprego no início da pandemia e ainda não se recuperou totalmente, a despeito do aumento no emprego em novas infraestruturas de gás natural liquefeito (GNL).
Passando à análise das remunerações, o estudo mostra que os salários do setor de energia normalmente têm um prêmio sobre os salários médios de toda a economia, embora esse prêmio varie substancialmente de 10% a 50% apenas nas economias avançadas. Indústrias já estabelecidas como nuclear, petróleo e gás normalmente oferecem os salários mais altos. Segmentos mais novos, como o solar, não têm as mesmas proteções trabalhistas e representação sindical que as indústrias de combustíveis fósseis estabelecidas, especialmente em mercados emergentes e economias em desenvolvimento. A porcentagem de mulheres na força de trabalho de energia também é consistentemente baixa quando comparada às médias de toda a economia, com menos de 15% em cargos de gerência sênior.
De toda a força de trabalho, 21 milhões de pessoas estão no fornecimento de combustível energético (carvão, petróleo, gás e bioenergia), 20 milhões no setor de eletricidade (geração, transmissão, distribuição e armazenamento) e 24 milhões nos principais usos finais de energia (fabricação de veículos e eficiência energética). Mais da metade do emprego de energia está na região da Ásia-Pacífico, com a China respondendo por 30% da força de trabalho global de energia.
International Energy Agency (IEA)
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