O artigo analisa os impactos esperados no mundo do trabalho a partir da transição energética no Brasil e no mundo, com foco na eletricidade e no transporte. Também são feitas considerações no âmbito da transição justa, considerando oportunidades de desenvolvimento regional e equidade de gênero. De modo geral, afirma-se que os setores de energia renovável e infraestrutura sustentável são mais intensivos em mão-de-obra do que suas alternativas de alto conteúdo de carbono. Destaca-se também que a energia solar fotovoltaica apresenta os maiores fatores de emprego dentre as fontes de geração. Na geração eólica, além dos altos fatores de empregos nas etapas de construção e operação, o desenvolvimento de uma indústria nacional de componentes fornecedores de matéria-prima e serviços subjacentes também pode gerar milhares de empregos. Em relação aos transportes, investimentos em sistemas de transporte público de massa mostram-se mais intensivos em mão-de-obra do que investimentos em rodovias. Ademais, ressalta-se o desafio da baixa capacidade doméstica de produção e fornecimento dos componentes necessários às indústrias de baixo carbono no Brasil. 

Ensaio Energético – Carolina Grottera (Professora do Departamento de Economia da UFF), Lilia Caiado Couto (Research Fellow na Chatham House – The Royal Institute of International Affairs – Global Economy and Finance Program) e Tatiana Bruce da Silva (Economista pela UFPE)

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https://ensaioenergetico.com.br/transformacoes-estruturais-no-contexto-da-transicao-energetica-o-caso-da-geracao-de-empregos/