O mundo vem buscando alternativas limpas e renováveis ​​para fornecer novos materiais e energia e, consequentemente, reduzir a dependência dos combustíveis fósseis derivados do petróleo. A cana-de-açúcar tornou-se uma importante matéria-prima como solução para essa demanda, pois é cultivada em mais de 100 países e pode potencialmente reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Nesse contexto, a produção de biomateriais e biocombustíveis e seu uso efetivo são caminhos promissores para atingir esses objetivos. As políticas governamentais brasileiras criaram o cenário ideal para consolidar a primeira biorrefinaria de cana-de-açúcar 1G com produção de biocombustíveis, açúcar e bioeletricidade, buscando soluções sustentáveis ​​e de baixo custo. Após o estabelecimento da tecnologia 1G, as tecnologias 2G e 3G estão sendo desenvolvidas, trazendo novas possibilidades de produção de bioquímicos de valor agregado, em sistemas integrados com emissões minimizadas com visão non-waste (zero resíduos) e de bioeconomia circular. Esta revisão apresenta o status atual e as perspectivas futuras da cana-de-açúcar como uma potencial biofábrica. O presente e o futuro da biorrefinaria brasileira de cana-de-açúcar são discutidos em termos de exploração da cana-de-açúcar, pesquisa e inovação com produção integrada de açúcar, biocombustíveis, bioeletricidade, biopolímeros, ácidos orgânicos, enzimas e outras biomoléculas, além do uso de subprodutos líquidos e sólidos gerados e/ou resíduos.

Renewable and Sustainable Energy Reviews, Vol. 167 L.P.S. Vandenberghe, K.K. Valladares-Diestra, G.A. Bittencourt, L.A. Zevallos Torres, S. Vieira, S.G. Karp, E.B. Sydney, J.C. de Carvalho, V. Thomaz Soccol, C.R. Soccol

Link de acesso:

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1364032122004555

 

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