O artigo mostra como o hidrogênio vem ganhando importância no Brasil e no mundo, destaca o potencial da indústria brasileira em acelerar a descarbonização global com hidrogênio verde e enfatiza que, nesse contexto, uma das grandes questões é como garantir que o hidrogênio seja, de fato, verde. Sobre esse problema, os autores discutem a dificuldade de padronizar as certificações. Afirma-se que dos critérios em concepção, o mais aceito é o da adicionalidade: o projeto de hidrogênio precisa adicionar novas plantas de geração renovável para não deslocar demandas energéticas para fontes fósseis. E, a maneira mais simples de respeitar esse princípio é conectar uma nova fonte renovável diretamente ao eletrolisador, opção off-grid, que aumenta o custo de produção do hidrogênio e desperdiça energia excedente nos picos. Dado esse problema, os autores mostram que, no caso do Sistema Interligado Nacional (SIN), a conexão de uma nova planta renovável à rede, opção on-grid, poderia permitir melhor aproveitamento dos recursos naturais, reduzindo custos de produção entre 10 a 30% e acelerando sua adoção no país. Na sequência, os autores lançam ideias sobre como certificar o teor de “verde” e, por fim, reiteram a importância da produção de hidrogênio certificado com diversos “tons de verde” durante a transição energética.
Valor Econômico – Jerson Kelman (ex-dirigente da ABRH, ANA, Aneel, Light, Enersul e Sabesp), João Guillaumon e Gabriel Moreira são, respectivamente, sócio e gerente da McKinsey & Company no Brasil.
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