O artigo tem como objetivo verificar a viabilidade econômica de sistemas híbridos renováveis para produção e armazenamento de hidrogênio no setor elétrico brasileiro. A metodologia aplicada baseia-se em análises de custos econômicos das duas maiores usinas eólicas e solares fotovoltaicas do país. A principal conclusão do estudo é que, em função da grande quantidade de energia renovável destinada ao sistema interligado nacional (SIN), a pequena quantidade de energia disponível para a produção de hidrogênio faz com que os sistemas híbridos eólicos e solares para produção e armazenamento de hidrogênio verde ainda não sejam economicamente viáveis no Brasil. No entanto, plantas totalmente dedicadas à produção de hidrogênio verde têm se mostrado economicamente viáveis para o exportador ou outros setores, sendo que comercializar hidrogênio é mais lucrativo do que transformá-lo novamente em energia. Quanto às razões da não viabilidade dos sistemas híbridos eólico e solar para produção e armazenamento de hidrogênio, os autores apontam que o CAPEX dos eletrolisadores e suas perdas operacionais ainda são muito expressivas. Por fim, a produção e o armazenamento de hidrogênio tornam-se economicamente viáveis apenas a partir de usinas operando acima de 3.000 horas e para eletrolisadores com CAPEX de USD 650/kWe.
International Journal of Hydrogen Energy, Vol. 47
Sabrina Fernandes Macedo e Drielli Peyerl
Link de acesso:
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0360319922002506.