A produção de baterias de íons de lítio está aumentando, impulsionada por um mercado de veículos elétricos em expansão. Mas com as matérias-primas cada vez mais difíceis de se obter e a regulamentação ambiental mais rigorosa, quão saudável é a indústria de baterias e o que o futuro reserva? Para responder essa e outras questões, o Battery Monitor 2022, uma colaboração entre Roland Berger e o grupo PEM da RWTH Aachen University, fornece uma avaliação da cadeia de valor das baterias e sua direção futura. Explicita-se inicialmente que os materiais usados nas baterias respondem por 70% dos custos totais, sendo muitos difíceis de se obter. O estudo também mostra que os fabricantes estão se movendo para garantir suprimentos (por exemplo, adquirindo empresas de mineração), que eles pretendem reduzir a pegada de carbono dos processos de produção e que, para atingir este último objetivo, os novos métodos de produção de material ativo catódico representam uma importante área de investigação. A digitalização e automação são as principais tendências e impulsionadores da produção de baterias e os produtores asiáticos estão liderando esse caminho e o da redução de custos, com velocidades de fabricação otimizadas e eficiência geral do equipamento. Ademais, graças às melhorias nas densidades de energia (que aumentaram oito vezes), houve um grande avanço no desempenho das baterias EV, enquanto os custos das baterias caíram quase 90% nos últimos anos. Destaca-se ainda que a reciclagem é vista como a etapa mais importante do processo para reduzir a pegada de CO2 da produção e que, atualmente, as empresas têm eficiências de reciclagem de 60% a 95%, sendo as empresas da UE mais impulsionadas por metas regulatórias.
Roland Berger – Wolfgang Bernhart
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