Os leilões de energia estabelecidos a partir de 2004 tinham como premissa o planejamento da expansão da oferta a partir das previsões de carga das distribuidoras. Entretanto, uma conjunção de fatores tem apontado que a vida útil desse modelo de contratação de energia está chegando ao fim. Para o autor, o baixo crescimento da economia, a migração de consumidores para o mercado livre e o avanço dos sistemas de micro e minigeração distribuída têm levado a um aumento da sobrecontratação das distribuidoras. Isso se torna problemático porque “sem aumento do consumo, não há motivos para contratar mais energia e isso pode impactar a capacidade instalada no país, o que se torna mais crítico em cenários de falta de chuvas”. Posto o problema, o artigo discute que uma possível mudança poderia ser o governo contratar a potência das usinas considerando a perspectiva de crescimento dos mercados regulado e livre, com os agentes sendo remunerados pela capacidade de geração. Entretanto, o autor ressalta: a mudança na modelagem das licitações é complexa diante de uma matriz energética mais diversificada e da diretriz de se obter o menor custo de expansão possível.
Já trouxemos no Panorama uma reportagem especial (https://panorama.memoriadaeletricidade.com.br/leiloes-ha-futuro-a-vista/) na qual se discute a baixa contratação do leilão A-4 do final de maio de 2022.
Valor Econômico – Fábio Couto (colunista do Valor Econômico)
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