Esse artigo traz a opinião de um importante jornalista em relação à mercantilização da economia verde, com destaque para o mercado de carbono. É importante ressaltar que a regulamentação do mercado de créditos de carbono está em pauta no Congresso Nacional, através do PL 528/21, e pode ser melhor compreendido a partir da reportagem do Brasil Energia. Para Luis Nassif, o modelo de mercado de créditos de carbono é um modelo hipócrita, em que as compensações de carbono passam por cima da conclusão lógica de que estamos todos no mesmo planeta e às vésperas de um desastre climático. Ele afirma que o mercado de carbono traz consequências óbvias, dentre elas a não substituição dos ativos marrons por ativos verdes, dando, na verdade, sobrevida aos ativos marrons, além de desobrigar os governos nacionais de sua responsabilidade pela preservação. Nassif cita também o estudo do InfluenceMap, também divulgado pelo Panorama nesta edição, ressaltando seu resultado surpreendente: a maior parte dos chamados fundos verdes analisados estão desalinhados com as metas climáticas globais. Ao final, Nassif afirma ainda que o Brasil está perdendo a oportunidade de transformar a Petrobras em uma âncora central para a nova economia verde.
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