O artigo The UK’s energy system is fattening state coffers – just not Britain’s defende a ideia do Reino Unido desenvolver empresas de energia de propriedade pública como outros países fazem. O autor destaca que enquanto o Reino Unido vendeu sua indústria de energia para empresas privadas, os governos da França, Dinamarca, Noruega e várias províncias e cidades alemãs escolheram manter empresas de energia públicas concorrendo com as do setor privado. Sem acionistas recebendo montantes significativos de dividendos, essas empresas públicas geraram bilhões para reinvestir em serviços, infraestrutura e redução de contas. Segundo uma estimativa exposta no artigo, se seguisse a mesma lógica vista nesses outros países, o Tesouro no Reino Unido poderia receber entre £ 63 bilhões e £ 122 bilhões nos próximos dois anos devido à escalada dos preços de energia no atacado, o que ajudaria a cobrir a maior parte da garantia de preço de energia do governo. O artigo também ressalta que a Grã-Bretanha teve nas últimas duas décadas a segunda maior expansão de energia eólica offshore do mundo e grande parte do lucro foi para os erários de outros países. Segundo o autor, o público britânico precisa tirar o máximo proveito dessa energia gerada na região e garantir que os lucros voltem para seu erário público. Optando por energia pública seria possível construir de 27 a 77 gigawatts de nova infraestrutura de geração de eletricidade limpa, além de melhores remunerações, relações com a força de trabalho e estabilidade de preços.
The Guardian – Frances O’Grady (secretária geral do TUC)
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