Neste excelente artigo, Adilson de Oliveira expõe de forma clara a conjunção de fatores que o leva a crer que o país corre risco de desabastecimento de diesel. Ele aponta, em primeiro lugar, que o preço internacional do diesel tem se mantido em patamar elevado não apenas por conta do aumento nos preços internacionais do petróleo induzido pela invasão da Ucrânia, mas também por força dos baixos investimentos em nova capacidade de refino no contexto da transição energética. Dado esse contexto mundial, Oliveira acrescenta que esses efeitos globais podem ser rapidamente sentidos no Brasil, pois nossa capacidade de atender a demanda interna é insuficiente, sendo necessária a importação de aproximadamente 25% do diesel que o país consome. Nesse ambiente, as medidas de desoneração adotadas pelo governo no sentido de mitigar os efeitos da escalada dos preços dos derivados no mercado doméstico têm surtido pouco efeito no preço do diesel, já que sobre ele a incidência de impostos é historicamente baixa. A seguir o autor demonstra grande preocupação com nossa dependência ante o comportamento do mercado global e conclui que o caminho que levará o país a eliminar sua vulnerabilidade no abastecimento passa pela expansão da capacidade doméstica de refino através da reativação dos investimentos domésticos em Abreu e Lima e Comperj.

Brasil Energia – Adilson de Oliveira (Professor da Cátedra Antônio Dias Leite / Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ).

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https://editorabrasilenergia.com.br/diesel-risco-de-desabastecimento/

 

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