O artigo Here’s how to repay developing nations for colonialism – and fight the climate crisis traz uma discussão interessante acerca de alternativas concretas para um sistema de financiamento climático global, destacando o papel que os Direitos Especiais de Saque (SDRs, sigla em inglês) poderiam ter. Os SDRs, introduzidos em 1969, são basicamente cupons do Fundo Monetário Internacional (FMI) distribuídos aos bancos centrais ou tesouros nacionais, os quais podem ser mantidos ou trocados com outros países membros por dinheiro. A crítica trazida pelo artigo é de que a alocação dos SDRs é baseada em um sistema de cotas desatualizado, injusto e ineficiente, que dificulta o acesso a mais recursos e bloqueia os países pobres da governança global. Ao longo do texto, são colocadas questões de iniquidade e levantadas possíveis ações para que o FMI e a comunidade internacional transformem os SDRs em uma ferramenta eficaz para reparações climáticas. A melhor, mais simples e mais justa opção? Construir um novo sistema baseado em princípios reparadores, alocando a maioria dos SDRs aos países mais desfavorecidos pela escravidão, colonialismo e vulnerabilidade climática.

The Guardian – Michael Franczak (pós-doutorando da Universidade da Pensilvânia); Olúfẹ́mi O Táíwò (professor na Universidade de Georgetown)

Link de acesso:

https://www.theguardian.com/commentisfree/2022/jan/14/heres-how-to-repay-developing-nations-for-colonialism-and-fight-the-climate-crisis