No momento em que é necessário preservar os reservatórios das hidrelétricas, as térmicas apresentam problemas de indisponibilidade causados por manutenção, baixo rendimento e ausência de combustível. Com base num estudo do IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) o autor mostra que 33 usinas não estão cumprindo com as condições de desempenho estipuladas nos contratos de fornecimento,o que obriga o governo a contratar emergencialmente novas térmicas ainda mais caras, gerando um grande ônus para o consumidor. A análise também faz referência ao estudo de pós planejamento de indisponibilidade termelétrica feito pela EPE, divulgado pelo Panorama na segunda quinzena de maio, que sugere que a garantia física das UTEs analisadas está, de fato, superestimada. Por fim, joga-se luz em outro fator que pesa sobre o cenário: a parada programada pela Petrobras, a partir de 15 de agosto, para manutenção da plataforma de Mexilhão e do Gasoduto Rota 1, sendo que, com isso, o sistema elétrico pode perder até 3,5 mil MW em oferta de térmicas a gás natural, exatamente em momento de alto despacho térmico.

Brasil Energia – Celso Chagas (Colunista do Brasil Energia)

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