O artigo aborda a etiquetagem das geladeiras no Brasil e critica as prioridades do governo frente aos combustíveis fósseis versus medidas de eficiência energética. Rodolfo Gomes ressalta, entre outros dados, que, se o Brasil tivesse adotado as recomendações da ONU para a etiquetagem de geladeiras, o país poderia dispensar 35% da eletricidade mínima que os brasileiros serão obrigados a comprar dos 8 GW de termelétricas impostas para contratação até 2030. O artigo também traz outros dados relevantes associados a um cenário com geladeiras mais eficientes, apontando que, nesse cenário, a água que deixaria de ser gasta no abastecimento das usinas poderia abastecer 304 mil pessoas e que, nesse processo, deixaríamos de emitir óxidos de nitrogênio (NOx) num montante equivalente ao de uma frota de 6 milhões de automóveis. Ao final, Gomes enfatiza que a nova portaria do Inmetro para geladeiras eliminará até 1,1 GW daqueles 8 GW contratados, o que é algo relevante, mas perfaz apenas metade do que seria possível. Para o autor, esses fatos explicitam que a busca pela eficiência deveria se tornar prioridade na política e no planejamento energético brasileiro.
Valor Econômico – Rodolfo Gomes (Diretor executivo da IEI Brasil).
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https://valor.globo.com/opiniao/coluna/termeletricas-movidas-a-geladeiras.ghtml