Edvaldo Santana inicia este artigo alertando que no início de outubro os reservatórios do sistema elétrico brasileiro chegarão, na média, a 10% do volume útil operacional – e isso quase dois meses antes do início do período chuvoso. Ele comenta a nova política de operação do sistema, onde a geração das termelétricas e eólicas está sendo priorizada, e afirma que, apesar de alguns resultados favoráveis, o que se obteve até o momento é pouco diante das necessidades, sobretudo considerando-se que as hidrelétricas ainda estão gerando muito mais do que deveriam. Para o autor, a geração hidrelétrica deveria ser reduzida para não mais que 22 GW médios, contra os atuais 35 GW, ou a produção das usinas eólicas e térmicas, juntas, teria que ser elevada para 45 GW. No entanto, ambas as alternativas são impossíveis na prática, segundo o autor. Assim, ele aponta que não há saída sem outras ações do lado da demanda e destaca ser imperativo a retirada de, no mínimo, 6 GW do consumo a partir das 16h, algo que não é trivial. 

Valor Econômico – Edvaldo Santana (ex-diretor da Aneel)

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https://valor.globo.com/opiniao/coluna/racionamento-1.ghtml