No artigo foram entrevistados representantes de três geradoras hidrelétricas, Engie, Cemig e CTG Brasil, que comentam os principais desafios vividos pelas empresas no contexto de escassez hídrica. Além do impacto advindo da geração hidrelétrica abaixo da garantia física das usinas – o conhecido problema do GSF, que, segundo a CCEE, deve gerar um impacto financeiro de R$ 56 Bi em 2021 −, as geradoras devem enfrentar também uma perda adicional de receita associada ao programa de Redução Voluntária da Demanda, lançado para o enfrentamento da crise hídrica. Postos esses desafios, a reportagem abre espaço para a reivindicação das hidrelétricas de receberem uma compensação pelos problemas apontados. O artigo também aponta que, além dos problemas associados ao GSF e à redução da demanda, as empresas devem enfrentar outros desafios associados à operação das usinas num contexto de reduzido armazenamento. Segundo reportado, algumas hidrelétricas terão menor eficiência de geração associada à menor força da queda d’água, haverá redução da eficiência da cascata de usinas em um mesmo rio, perda de produtividade dos equipamentos e aumento do índice de detritos na água que passa pelas turbinas. Tudo isso torna o contexto de escassez hídrica especialmente delicado para as empresas de geração hidráulica.
Brasil Energia – Chico Santos (Colunista do Brasil Energia)
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