As chuvas no Sul e no Sudeste do país em setembro de 2021 parecem ter trazido um respiro no risco de racionamento no setor elétrico brasileiro, que vive uma crise hídrica e ameaça de racionamento desde outubro de 2020. O artigo explora essa questão e aponta também os desdobramentos do maior volume de chuvas nos preços, no volume energético negociado e na avaliação do ONS sobre o cenário hidroenergético. São ressaltadas no texto as avaliações de agentes importantes do setor. Roberto Brandão (do GESEL/UFRJ), Luiz Carlos Ciocchi (diretor do ONS), Rui Altieri (presidente da CCEE) e Carlos Ratto (presidente da BBCE) apresentam um relativo otimismo em meio ao cenário retratado. Já o economista Edmar de Almeida e a consultora Leontina Pinto são menos otimistas e apontam grandes problemas, especialmente para 2022. Para completar o grau de incerteza, o artigo apresenta a alta possibilidade de haver o fenômeno La Niña, cujo reflexo no Brasil é a redução das chuvas no Sul e no Sudeste/Centro-Oeste (SE/CO), justamente onde elas hoje são mais necessárias do ponto de vista do setor elétrico.
Brasil Energia – Fabio Couto (colunista do Brasil Energia)
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