O artigo traz um excelente panorama do financiamento de longo prazo de projetos eólicos no Brasil. Com um volume total de contratação, em 2021, 58,3% superior ao verificado em 2020, o texto destaca a retomada do BNDES como principal credor do setor, após três anos de liderança do FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste), bem como o volume recorde de emissões das debêntures incentivadas. Além disso, o texto evidencia o avanço de outras fontes e modalidades de créditos de longo prazo, como o financiamento por bancos multilaterais e o pré-pagamento de contratos de venda de eletricidade (PPAs). Contudo, apesar desse relevante avanço, o autor ressalta a existência de novos desafios no panorama de oferta de crédito para 2022 e 2023, considerando como o principal desafio a alta da taxa de juros no país, que impacta na competitividade dos projetos em desenvolvimento e implantação. O artigo é estruturado com seções dedicadas ao BNDES, ao FNE, às debêntures, além de uma última relativa às outras fontes e modalidade de financiamento de longo prazo, onde o autor expõe um panorama completo sobre a contratação de créditos.
Cenários Eólica/Brasil Energia – Eduardo Tobias Ruiz (sócio fundador e diretor da Watt Capital)
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