Esse trabalho avalia as estruturas financeiras presentes no setor elétrico brasileiro desde o período do modelo estatal (anos 50) até o ano de 2020, dando foco no período 2015-2020. Com base em uma amostra de projetos de geração e transmissão implementados por seis grupos estratégicos (Neoenergia, Energisa, CPFL Energia, AES Tietê e Engie) o trabalho investiga se houve alterações importantes no padrão de financiamento do SEB em razão da reorientação da política econômica em 2015, da revisão do papel do BNDES e da tentativa de promoção de outras modalidades fundamentadas nos mercados de capitais. O artigo dá ênfase aos projetos greenfield de geração e transmissão de energia e conclui que, embora tenha havido algumas alterações pontuais, não se observou uma mudança estrutural do padrão de financiamento do Setor Elétrico Brasileiro uma vez que os financiamentos por parte de instituições públicas continuam ocorrendo de forma expressiva, sendo indispensáveis para os agentes manterem suas estratégias de crescimento.
GESEL/UFRJ – Nivalde de Castro, Nelson Siffert Filho, André Alves, Luiza Masseno Leal, Vinicius José Braz (Pesquisadores do GESEL)
http://www.gesel.ie.ufrj.br/app/webroot/files/publications/36_tdse_104.pdf