Luiz Barata, ex-diretor do ONS, e Donato Filho discutem neste artigo as estratégias de operação e expansão do sistema elétrico brasileiro considerando a alteração do regime de chuvas devido às mudanças climáticas. Lembrando inicialmente o problema estrutural que o país vem enfrentando para recuperar o volume dos reservatórios, os autores destacam os valores exorbitantes gastos pelo Brasil com termelétricas, tanto em 2013 e 2014, quanto em 2020 e 2021. Para evitar esses custos, eles destacam dois aspectos: é preciso reconhecer que o regime de chuvas foi alterado e passar a adotar medidas preventivas que vão além do curto prazo, e antecipar a geração de energia com térmicas mais baratas, movidas a gás, a partir de maio. Apesar de afirmarem que a estratégia de ligar as térmicas baratas para preservar os reservatórios é melhor do que a recém-adotada, eles apontam também que essa alternativa ainda não é a ideal. Segundo eles, o Brasil precisaria investir maciçamente na produção de energia a partir do sol, do vento, do biogás, da biomassa. Essa produção irá economizar, quando o país mais precisar, os reservatórios das hidrelétricas.

O Globo – Luiz Barata (ex-diretor do ONS) e Donato Filho (sócio da Volt Robotics).

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