O artigo faz uma análise crítica do conceito ESG (meio ambiente, social e governança), destacando três problemas. Primeiro, por reunir uma gama estonteante de objetivos, o conceito não fornece um guia coerente para os investidores e firmas enfrentarem os dilemas inevitáveis em qualquer sociedade. O segundo problema é a falta de clareza sobre os incentivos. Com efeito, segundo The Economist, o ESG parte do suposto de que o bom comportamento é mais lucrativo para firmas e investidores quando, na verdade, muitas vezes é muito lucrativo externalizar custos, como poluição, para a sociedade em vez de suportá-los diretamente. Finalmente, há um problema de medição: os vários sistemas de pontuação têm lacunas, inconsistências e são facilmente manipulados. Dados esses problemas, segundo o editorial, a saída seria, então, separar as letras e se concentrar simplesmente no E e nas emissões. Isso traria mais transparência, foco e melhor avaliação. O artigo ainda destaca a importância de uma regulação mais forte do governo no que concerne a precificação do carbono, defendendo preços mais altos para que os incentivos à mudança se tornem mais efetivos.
The Economist – editorial
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