O Brasil entrou na contramão do caminho que hoje leva boa parte do mundo à mobilidade elétrica. O artigo discute esse cenário, destacando que sem uma política nacional para incentivar ônibus e carros elétricos e sobretaxando importações, o país se descola desta tendência mundial. A falta de uma política nacional para criar demanda e incentivar a indústria a começar a produzir veículos elétricos e a política tributária sobre a eletromobilidade, figuram como causas centrais da indiferença com a tecnologia de descarbonização dos transportes. Segundo o exposto, o melhor caminho para o Brasil aderir à eletromobilidade é começar pelo transporte público, visto que seu efeito econômico, ambiental e de saúde pública nas grandes cidades seria imediato, tendo em vista a substituição do diesel consumido pelos ônibus – responsáveis em média por 30% das emissões de poluentes. O artigo também dá exemplos de implementação de boas políticas na China e na Colômbia, explicitando suas estratégias, principalmente em relação a isenções fiscais. Por fim, o artigo traz bons sinais de cidades brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro, que mesmo sem incentivos do plano federal para incentivar municípios rumo à eletromobilidade, tentam se adiantar à onda global dentro de suas possibilidades.
Brasil Energia – Marcelo Furtado (Colunista do Brasil Energia)
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