Em 2021, o preço da eletricidade residencial, medido pelo IPCA, aumentou 21,2%, o do botijão de gás cresceu 37%, e o da gasolina, etanol e óleo diesel apresentaram variações de 47%, 62% e 46%, respectivamente. Dados esses movimentos, o presente artigo investiga o efeito do aumento dos preços dos energéticos nos gastos das famílias e destaca que as famílias de menor renda são muito mais penalizadas porque comprometem uma parcela muito maior do seu orçamento com necessidades básicas que incluem energia elétrica, GLP e mobilidade. Primeiramente, os autores evidenciam a evolução do preço e do consumo de eletricidade e combustíveis, sublinhando a questão da baixa elasticidade da demanda ao preço dos energéticos. Em seguida, discutem a participação dos diversos energéticos na despesa domiciliar mensal com energia e transporte público, apontando que há diferenças importantes quando se compara as diversas classes de renda. Por fim, os autores apontam o peso relevante e crescente do aumento dos preços dos energéticos na inflação doméstica nos últimos anos.

Ensaio Energético – Francisco Raeder (professor da UFF e pesquisador do Grupo de Energia e Regulação – GENER/UFF); Carolina Grottera (professora da UFF); Niágara Rodrigues (professora da UFF e pesquisadora do GENER/UFF); e Yormy Melo (pesquisadora do GENER/UFF).

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https://ensaioenergetico.com.br/mais-peso-no-bolso-os-efeitos-da-inflacao-dos-energeticos-no-orcamento-familiar-das-diferentes-classes-de-renda/