Este FactSheet muito interessante mostra inicialmente como evoluiu a matriz elétrica brasileira e o uso das fontes térmicas para geração de eletricidade desde 1970 até 2020. Mostra também que, devido ao perfil de geração de eletricidade majoritariamente renovável, tiveram que ser inseridas novas usinas termelétricas desde a segunda metade da década de 1980, fato que se intensificou depois da crise hídrica dos anos 2000. Entretanto, as fontes térmicas mudaram. Destaca-se que a matriz de geração térmica em 2000 utilizava mais de 50% de sua energia primária oriunda de carvão e derivados de petróleo, enquanto que, em 2020, cerca de 2/3 da energia disponível para geração térmica já era oriunda de gás natural e biomassa. Isso posto, levanta-se uma nova questão: supondo que a estrutura de participação das fontes usadas na geração térmica tivesse permanecido congelada desde o ano 2000, quanto teríamos emitido a mais de CO2-eq na geração de eletricidade? A EPE responde a essa pergunta assinalando que as expansões mais acentuadas da biomassa, do gás natural e da nuclear representaram aproximadamente 267 milhões de toneladas de CO2 -eq evitadas ou apenas 23% do que se teria emitido caso a estrutura de geração termelétrica fosse a mesma desde a 2000.
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