O artigo discute a importância do RenovaBio em dois sentidos: no de incentivar a produção e consumo de etanol no Brasil e, sobretudo, para amenizar distorções causadas pelo governo quando decide intervir no preço da gasolina. De acordo com a autora, o RenovaBio trouxe para o setor de biocombustíveis um incentivo econômico importante, valorizando o uso de um combustível menos poluente através de um mecanismo de mercado. Foram estabelecidas metas crescentes aos distribuidores de combustíveis, que têm a obrigação de comprar créditos de carbono (CBIOs) dos produtores. Nesse contexto, destaca que o mercado de CBIOs movimentou cerca de 600 milhões de reais na B3 em 2020 e as previsões são de crescimento para os próximos anos. Além do aspecto de remuneração ao produtor e aumento da oferta desses produtos, a autora afirma que o RenovaBio tem um papel importantíssimo de reduzir a volatilidade dos preços de etanol, ou aumentar a previsibilidade de retorno, visto que promove um novo equilíbrio através da precificação dos CBIOs em função de oferta e demanda.

Brasil Energia – Paula Kovarsky (Head of US Office e diretora de Relações com Investidores da Cosan)

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