O excelente artigo From take-make-waste to the circular economy model discute como os modelos de negócios mais sustentáveis que utilizam o conceito de economia circular tendem a proliferar beneficiando não apenas as empresas, mas os consumidores e o meio ambiente. Os autores mostram de início que o modelo de take-make-waste em que o crescimento econômico se baseia até o presente tende a desaparecer. Isto porque extrair matérias-primas, fabricar bens e descartar subprodutos e produtos finais em aterros sanitários, incineradores e águas do mundo não são práticas minimamente sustentáveis. E é aí que entra a noção de economia circular, uma prática que visa uma mudança para conservar recursos e, ao mesmo tempo, suprir as necessidades materiais da população.
Em um primeiro momento, o artigo explora o conceito e o histórico da economia circular. Destaca-se nessa passagem a ideia de que esse modelo representa uma mudança radical. Com efeito, ele requer uma visão holística das cadeias de valor, desde a extração de recursos, design, produção, distribuição, marketing e logística até o uso e descarte. Assim, além dos 3Rs tradicionais, estão sendo adicionados outros 3: reduzir, reutilizar, reciclar, reparar, recondicionar e regenerar. Em seguida, o artigo enfatiza que, além dos enormes benefícios ambientais, a economia circular oferece uma oportunidade multibilionária que já está sendo explorada por diversas grandes empresas, como Unilever, Ikea, Arup, Hewlett Packard Enterprise e Orange. Ao final, os autores dedicam uma seção para discutir soluções baseadas na ciência para medir o impacto do progresso circular, a fim de evitar greenwashing.
Roland Berger – Janet Anderson (escritora e editora dos temas sustentabilidade e inovação para empresas)
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