Neste artigo, Roberto D’Araujo propõe uma reflexão crítica sobre uma série de números “oclusos” do setor elétrico brasileiro, que segundo ele são a base para que o país tenha uma das tarifas mais caras do planeta. Inicialmente, o autor discorre sobre a escassez hídrica, sua bandeira tarifária e a responsabilidade pelo esvaziamento dos reservatórios – para ele, um dos grandes responsáveis é a falta de investimentos adequados para o atendimento da evolução do consumo elétrico brasileiro. A seguir, debate-se o risco hidrológico, e como o ônus de períodos secos recaem aos consumidores cativos, enquanto o bônus gerado em tempos de boas hidrologias é aproveitado somente pelo mercado livre. Por fim, o autor ainda avalia o crescimento da oferta do setor elétrico destacando a discrepância entre o período estatal e o período em que se inicia a estratégia de privatização do sistema Eletrobras, e o grande crescimento das térmicas fósseis.
Valor Econômico – Roberto Pereira D’Araujo (diretor do Instituto Ilumina)
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https://valor.globo.com/opiniao/coluna/contas-oclusas-do-setor-eletrico.ghtml