O artigo discute a alternativa de geração de energia a partir de resíduos sólidos urbanos e seu uso como combustível para veículos coletores de resíduos e ônibus públicos urbanos eletrificados. A proposta da ABREN destacada no artigo é que os municípios licitem concessões conjuntas a uma mesma empresa, onde serão firmados contratos de concessão para (I) geração de energia elétrica por meio de resíduos sólidos urbanos (RSU), (II) coleta e transporte de RSU, (III) adoção da mobilidade urbana (ônibus elétricos, trens elétricos ou metrô), ou até mesmo (IV) iluminação pública. Para justificar a proposta, os autores analisam dados de um estudo feito pela ABREN sobre cinco municípios brasileiros: Florianópolis, Ribeirão Preto, Campinas, Belo Horizonte e Brasília. No estudo, os autores levam em consideração os consumos anuais de diesel, e as possibilidades das usinas WTE abastecerem toda a demanda da frota pública destes veículos além de suprir parte da demanda de iluminação pública. Também consideram o incremento necessário no custo do tratamento de RSU para viabilização das usinas nos municípios e o preço do crédito de carbono para neutralizar o custo adicional de tratamento de RSU. A conclusão a que se chega é de que a proposta é uma excelente alternativa ao modelo tradicional aplicado no mercado regulado, mas ela depende de uma confluência de interesses políticos e multisetoriais.
CanalEnergia – Yuri Tisi (Presidente da ABREN e do Waste-to-Energy Research and Technology Council – WtERT Brasil); Flávio Matosv (Sócio da WTEEC e DAIS GLOBAL, e Vice-Presidente do WtERT-Brasil).
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