A partir do atual cenário de crise hídrica no Brasil, o autor traça uma crítica ao gerenciamento feito há décadas no setor elétrico, em que parece natural que o usuário sempre pague a fatura adicional. Segundo o autor, o risco do negócio é sempre do consumidor e a cadeia produtiva ofertante é protegida por arcabouços legais, em escala injusta. Até 5% de possibilidade de escassez estão embutidos nos preços, mas as novas tarifas vermelhas e outros adendos que surgem destinam-se a impedir déficits nos caixas dos ofertantes. Ignora-se que o consumidor é a razão do serviço. O autor ainda discute tributos e encargos, cita o papel da ANEEL, do ONS e da EPE, e afirma que o governo e o usuário permanecem amarrados a escolhas mórbidas. Ao final, Ludmer questiona se o consumidor/ contribuinte apático seguirá suportando desaforos de um racionamento já iniciado via aumento de preços..
Valor Econômico – Paulo Ludmer (engenheiro, jornalista e professor)
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https://valor.globo.com/opiniao/coluna/as-morbidades-e-os-desaforos-eletricos.ghtml