Várias regiões chinesas sofreram apagões nas últimas semanas de setembro de 2021 devido à escassez de combustível. Os altos preços do carvão e do gás, que limitam a capacidade de geração, e as rígidas metas de emissões obrigaram regiões a adotar medidas de racionamento de eletricidade. Assim, reacendeu-se o debate sobre como a política climática deve ser conduzida para se evitar graves desequilíbrios nessa transição. Divulgamos também no Panorama dois artigos que abordam esse mesmo assunto, um de Adriano Pires e outro da S&P. No texto que agora trazemos são apontadas algumas reformas que poderiam corrigir falhas estruturais do setor de energia, considerando uma transição energética segura, estável e sem interrupções. Fatith Birol, diretor executivo da IEA, afirma que são necessários mecanismos para que o preço da energia reflita os custos dos serviços. O presidente da Energy Foundation China aponta que o país deve otimizar a capacidade de comissionamento das redes de energia e fortalecer a gestão do lado da demanda. Ele ainda destaca três áreas para garantir uma transição energética suave: controle estrito sobre os investimentos em infraestrutura de alto carbono, garantia do fornecimento de energia e metas claras sobre o desenvolvimento de energias renováveis e expansão da capacidade. 

S&P Global

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https://www.spglobal.com/platts/en/market-insights/latest-news/energy-transition/100121-analysis-china-power-shortages-provide-lessons-for-sector-reforms-in-climate-push