O relatório The Climate Action Monitor 2022 atualiza a avaliação anual do Programa Internacional de Ação sobre o Clima (IPAC, sigla em inglês), que apoia o progresso em direção a emissões líquidas zero de GEE até meados do século. O IPAC abrange todos os países da OCDE, os seis países candidatos à adesão (Argentina, Brasil, Bulgária, Croácia, Peru e Romênia), economias parceiras (República Popular da China, Índia, Indonésia e África do Sul), outros países do G20 e Malta. A edição deste ano baseia-se em dois novos conjuntos de indicadores desenvolvidos pelo IPAC: indicadores de risco e exposição climáticos e o quadro de medição de ações e políticas climáticas. Esses indicadores fornecem evidências de que, embora a ação e as políticas climáticas estejam se expandindo em todo o mundo, a ambição dos governos deve aumentar significativamente para lidar com a gama de riscos climáticos enfrentados globalmente.
O relatório evidencia que para os 51 países do IPAC, que respondem por cerca de 74% das emissões líquidas globais de GEE, as metas incondicionais de redução de emissões para 2030 garantem uma redução percentual de apenas 12% do total de emissões globais em comparação com 2019 – bem longe dos 43% necessários para limitar o aquecimento global a +1,5°C até o final do século. Além disso, o estudo também alerta que, sem uma mudança significativa nos padrões insustentáveis de consumo e produção, não será possível combater as mudanças climáticas no longo prazo. Com efeito, entre 1990 e 2017 a extração global de matérias-primas mais do que duplicou e espera-se que continue a crescer, dobrando novamente em relação aos níveis de 2017 até 2060.
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)
Link de acesso:
Artigos relacionados
https://panorama.memoriadaeletricidade.com.br/rastreando-o-progresso-da-energia-limpa-2/
https://panorama.memoriadaeletricidade.com.br/relatorio-da-agenda-breakthrough-2022/