Edvaldo Santana aponta neste artigo diversos temas do Setor Elétrico Brasileiro que, segundo sua visão, deveriam estar em discussão no grupo de transição de governo. Citando o Plano da Operação Energética para o horizonte 2022-2026, cujo resultado mostra uma sobra de energia de 16 GW em 2026, ele questiona: com todo esse excesso de oferta, o que determina a elevada tarifa? A absurda ineficiência do uso das instalações é uma das explicações para Santana. Para ele, uma das soluções é encaminhar, logo no início do governo, uma auditoria real das Garantias Físicas (GFs), e não só das hidrelétricas. Outro tópico comentado pelo autor são os subsídios diretos e indiretos que pressionam a tarifa de energia, que, em grande parte, decorrem da “(auto)ampliação” das manobras regulatórias do Congresso, que deveriam ser rapidamente eliminadas. Isto posto, o autor defende que a união entre oferta excessiva e riscos mal alocados, combinada com o uso abusivo de subsídios, conduz à situação atual e tendencial de tarifas perigosamente elevadas. Isso indica uma supervaloração de ativos em todos os segmentos e uma perspectiva negativa que pode até levar a uma onda de inadimplência.

Valor Econômico – Edvaldo Santana (doutor em Engenharia de Produção e ex-diretor da Aneel)

Link de acesso:

https://valor.globo.com/opiniao/coluna/mcas-e-a-bolha-eletrica.ghtml

 

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