O artigo Governments increasingly adopt incentive schemes to encourage decarbonization of the oil and gas industry discute o avanço dos esquemas de incentivos para o desenvolvimento da descarbonização da indústria de petróleo e gás. O texto relata o que tem sido feito pelos governos em diversas regiões, destacando as experiências da Austrália, Canadá, Estados Unidos, Noruega, Holanda, Reino Unido e Dinamarca. São trazidos alguns dados e informações dos esquemas financeiros de apoio à descarbonização do setor, bem como as tecnologias que têm sido desenvolvidas. Por exemplo, na América do Norte e na Austrália, os governos têm combinado o financiamento orçamentário de projetos de pesquisa com garantias de empréstimos e créditos fiscais para incentivar o investimento de baixo carbono. Esses países são os líderes de esforços globais no estabelecimento de estruturas regulatórias para facilitar a transição energética na indústria de petróleo e gás. Ademais, os autores destacam a expectativa da permanência dos estados nacionais como participantes ativos no segmento de baixo carbono, fornecendo capacidade financeira e operacional para o avanço e desenvolvimento da descarbonização do setor. Por fim, o artigo evidencia, com base em recentes anúncios, as perspectivas para Austrália, Canadá, Estados Unidos e Reino Unido, destacando o largo interesse em incentivar o desenvolvimento do CCUS.
Ainda sobre esse tema, recomendamos também a leitura de outros dois artigos já trazidos pelo Panorama. O primeiro discute a relevância de se priorizar a mitigação de emissões de metano, destacando as perspectivas, desafios e oportunidades associadas às atividades de exploração e produção (E&P) de petróleo e gás natural. Ele demonstra que, para além das novas tecnologias com CCUS, existe um campo que pode ser explorado para a redução de emissões no upstream do setor de óleo e gás. O segundo artigo repercute a carta aberta escrita por 500 acadêmicos dos EUA e Reino Unido dirigida a todos os líderes universitários nos dois países, convidando-os a rejeitar todo o financiamento para pesquisas climáticas advindo de empresas de combustíveis fósseis. A carta afirma que aceitar dinheiro de empresas de combustíveis fósseis representa um inerente conflito de interesses e poderia comprometer a liberdade acadêmica, sendo ainda uma chance de as empresas praticarem greenwashing e distorcerem resultados de pesquisas de forma favorável a elas.
S&P Global – Aliaksandr Chyzh, Rachel Calvert e Terence Khoo
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