O artigo Scaling the CCUS industry to achieve net-zero emissions explica o que a indústria CCUS pode fazer para superar desafios históricos e alcançar a escala necessária para emissões líquidas zero. O artigo mapeia como essa indústria pode gerar receitas e ir além de um modelo de negócios apoiado apenas em subsídios, discutindo o que governos, investidores e players industriais podem fazer para ajudar. Como mostram os autores, os desafios nessa área são muito grandes já que o dimensionamento do CCUS precisa crescer 120 vezes até 2050 para que os países cumpram seus compromissos de zero líquido, atingindo pelo menos 4,2 gigatoneladas por ano (GTPA) de CO₂ capturado. As estimativas de investimento para tanto atingem US$ 130 bilhões por ano a partir de agora até 2050.
Partindo desse valor, é improvável que os governos sejam capazes ou estejam dispostos a cobrir todos os custos sozinhos. Por outro lado, as empresas estão dispostas a desenvolver planos, mas hesitam em comprometer capital num ambiente de incerteza regulatória. Para dimensionar e capitalizar as CCUs as empresas precisam de colaboração e coordenação, reduzir os custos de captura e defender impostos sobre carbono, entre outros desafios. Já os reguladores devem decidir como o CCUS será considerado na política, criar estruturas regulatórias, fiscais e de relatórios e aceitar que os primeiros projetos precisarão de subsídios e apoio direto. Por outro lado, os investidores precisam incentivar políticas ambientais, sociais e de governança (ESG) para fazer a tecnologia avançar mais rápido.
Mckinsey & company – Krysta Biniek, Phil De Luna, Luciano Di Fiori, Alastair Hamilton, and Brandon Stackhouse
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