No que se refere às publicações acadêmicas do segundo período de outubro de 2022, foram selecionados 4 novos artigos de jornais e revistas científicas de grande relevância, sendo 1 da revista Energy e 3 da revista Renewable and Sustainable Energy Reviews. Dentre esses, recomendamos em especial um artigo publicado no volume 257 da Energy que escolhemos como destaques desta categoria. 

Dentre os trabalhos selecionados, os principais subtemas abordados foram: 1 – o etanol como um biocombustível renovável; 2 – as mudanças estruturais no uso da energia pelos setores econômicos brasileiros, sua pegada de carbono e suas contribuições para o desenvolvimento sustentável; 3 – uma estrutura de tomada de decisão integrada para a geração de energia e calor através dos resíduos sólidos urbanos; e, 3 – as perspectivas e os desafios para o hidrogênio de baixo carbono. 

O artigo especialmente recomendado é Etanol como biocombustível renovável: características de combustão e aplicação em motores (tradução livre), publicado no volume 257 da revista Energy. O artigo apresenta uma excelente e completa revisão da literatura sobre o estado atual do conhecimento sobre a combustão do etanol e sua aplicação em motores. O trabalho analisa a produção e sustentabilidade do etanol à base de milho e cana-de-açúcar, apresenta o entendimento atual da combustão do etanol, define os parâmetros de segurança relacionados à sua combustão, analisa o uso de etanol em ICEs (incluindo desempenho e emissões) e discute a possibilidade de uso de etanol em veículos híbridos, considerando células a combustível de etanol direto. O trabalho também aborda a aplicação de misturas gasolina-etanol em motores de ignição por centelha e misturas diesel-etanol em motores de ignição por compressão. Os autores afirmam que o uso de biodiesel em misturas diesel-etanol-biodiesel tem se mostrado uma possibilidade promissora e que a utilização do etanol aumenta potencialmente a eficiência térmica dos motores de combustão interna e reduz as emissões de NO. Além disso, destacam que os resultados das avaliações do ciclo de vida disponíveis na literatura mostram que o etanol de milho produz mais CO2 (equivalente) por MJ do que o etanol de cana-de-açúcar.