Neste segundo período de outubro de 2022 estamos recomendando a leitura de 7 novos trabalhos na categoria Agências. Deste total, além dos dois trabalhos selecionados como Destaque Geral, indicamos quatro publicações como destaque desta categoria.
O conjunto dos trabalhos selecionados trata principalmente dos temas Transição energética, Sustentabilidade, Mercados Energéticos e Geral. Os subtemas mais relevantes são: cenários para a oferta e a demanda global de energia; os principais temas em debate na COP 27; a lacuna mundial de emissões de GEE para se atingir o cenário de +1,5º C; as NDCs atualizadas e a transição energética; contabilização dos níveis atmosféricos do dioxido de carbono, metano e óxido nitroso; indicadores de saúde e sua relação com as mudanças climáticas; e, as condições de atendimento dos Sistemas Isolados brasileiros para o próximo ano civil.
Os destaques desta categoria trazem conclusões preocupantes em relação ao aquecimento global e à necessidade de ações mais urgentes para contê-lo. Os primeiros são de três importantes agências da Organização das Nações Unidas (ONU): a agência ambiental, a climática e a meteorológica.
O Relatório Gap de Emissões 2022, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP, sigla em inglês), fornece uma visão geral da diferença entre as emissões de efeito estufa previstas para 2030 e o patamar que elas deveriam estar para se evitar piores impactos das mudanças climáticas. O relatório aponta, em suma, que já não há um caminho crível para atingirmos a meta de +1,5°C de aquecimento e que somente com uma rápida transformação da sociedade será possível limitar os piores impactos da crise climática.
Já o Relatório Síntese de NDC 2022 (tradução livre), da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, sigla em inglês), sintetiza as informações mais atualizadas das Contribuições Nacionalmente Determinadas – ou NDCs – que constituem os compromissos que os países assumem para alcançar os objetivos do Acordo de Paris. O documento revelou que as atuais promessas climáticas, mesmo se cumpridas integralmente, levariam a um aumento de temperatura do planeta entre 2,1°C e 2,9°C até 2030. Destaca-se ainda que, apenas alguns poucos países aumentaram seus compromissos desde o ano passado, apesar das promessas feitas na COP 26, em novembro de 2021.
Por sua vez, o Boletim de Gases de Efeito Estufa (tradução livre), da Organização Meteorológica Mundial (WMO, sigla em inglês), mostra que os níveis atmosféricos dos três principais gases de efeito estufa − dióxido de carbono, metano e óxido nitroso − atingiram novos recordes em 2021, com um aumento alarmante nas emissões de metano, segundo maior contribuinte para as mudanças climáticas.
Há ainda o quarto destaque desta categoria, o Lancet Countdown sobre saúde e mudanças climáticas (tradução livre), um estudo dedicado a monitorar o impacto das mudanças climáticas na saúde através de vários indicadores. O documento revela que a saúde da população mundial está sendo muito afetada pelas mudanças climáticas, com crescentes mortes por calor, fome e doenças infecciosas.